O que pode acontecer nos lares de refugiados, em casa e nas ruas deste país quando os muçulmanos já não acreditam em Alá é destacado neste documentário da ARTE, que vale a pena ver. Mesmo nas seitas cristãs é difícil sair. Muitas vezes perdemos todos os contatos sociais quando falamos abertamente sobre nossa incredulidade. No entanto, para muitas pessoas é inconcebível que alguém tenha que temer por sua vida aqui e agora se certos grupos ou mesmo a própria família descobrirem sobre isso. E ainda uma realidade amarga para muitos ex-muçulmanos.
Ameaças de morte, abuso verbal ou ruptura total com a família e a comunidade: Isso pode acontecer quando os muçulmanos param de acreditar em Alá e têm a coragem de contar aos vizinhos. A apostasia no Islã ainda é um grande tabu em muitas comunidades muçulmanas. O filme fala de pessoas que, após uma longa luta, se libertaram de sua religião.
Amed cresceu em uma família estritamente religiosa na parte curda do Iraque. Sua mãe acredita que ele está possuído por um espírito maligno quando Amed começa a duvidar da religião durante a puberdade. Aos 15 ele queima o Alcorão para ver se será atingido por um raio e morto. Seu próprio pai o denuncia e Amed acaba na prisão. Hoje Amed vive na Alemanha e luta pela diversidade nas sociedades muçulmanas.
Zeinab também é ameaçada por sua própria família só porque se apaixona por um homem não muçulmano. Mas ela defende Christian e ao mesmo tempo diz a sua família que ela não tem mais nada a ver com o Islã e que ela não acredita mais nele. Até os xeques que vivem na Alemanha dizem a ela que os apóstatas devem ser mortos.
E há Momo, que compara sua saída do Islã com um acidente de computador, após o qual ele teve que recalibrar seu cérebro e aprender a viver novamente. Hoje ele faz um podcast para apóstatas. Isso lhe dá a sensação de que não está sozinho se não quiser mais ficar calado sobre esse assunto tabu.
Adeus a Deus | ARTE Re:
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